terça-feira, 26 de maio de 2015

Resumo do capitulo VI do livro: A preparação do ator de Constantin Stanislavski

DESCONTRAÇÃO DOS MÚSCULOS (CAPITULO VI)


            Neste capitulo identifica-se, pontos principais do livro para o aprendizado do ator no que diz respeito à descontração dos músculos. A rigidez muscular interfere com a experiência emocional interior, enquanto se tem uma tensão física é impossível sequer pensar em delicadas nuanças de sentimento ou na vida espiritual do papel.
            Antes de o ator tentar criar qualquer coisa, ele tem de pôr os músculos em condição adequada para que não dificulte as ações. A pressão de um músculo, num só ponto, consegue desequilibrar o organismo todo, tanto espiritual, como fisicamente. Stanislavski ensina que o ator deve deixar a tensão aparecer, se não puder evitar. Mas imediatamente, o ator deve deixar que o seu controle remova essa tensão.
            Nunca deve haver em cena uma pose sem base. Se for necessário usar uma pose convencional é preciso dar-lhe fundamento, para que possa servir a um propósito interior. O diretor ensina aos alunos que em cena, em qualquer pose ou posição corporal há três momentos: 1-Tensão supérflua, que vem inevitavelmente, a cada nova pose adotada e com a excitação de executa-la em público. 2-O relaxamento automático dessa tensão supérflua, sob a ação do controlador. 3-A justificação da pose, quando por si mesma ela não convence o ator.
            Stanislavski mostra que um objetivo vivo e uma ação real (pode ser imaginaria, desde que esteja baseada em circunstancias dadas em que o ator possa crer) fazem, natural e inconsciente, funcionar a natureza. Só a natureza pode controlar plenamente os músculos distende-los adequadamente ou relaxa-los.
            Quando se usa um grupo “isolado” de músculos, sejam eles do ombro, braço, perna ou das costas, todas as partes do corpo tem de permanecer livres e sem qualquer tensão. Para melhor explicar essa questão dos músculos livres, Tortsov diz que ao erguer o braço com o auxilio dos músculos do ombro e contraindo os que forem necessários ao movimento, deve deixar-se o resto do braço, o cotovelo, o pulso e os dedos, todas essas juntas completamente moles.

            O ator como uma criancinha, tem de aprender tudo desde o começo, a olhar, a andar, a falar etc. Tortsov afirma que todos os atores sabem fazer essas coisas na vida cotidiana, mas, infelizmente a grande maioria fazem mal. Um motivo é que qualquer defeito aparece muito mais perceptível sob a plena luz da ribalta, outro motivo é que o palco exerce uma influencia má no estado geral do ator.

Marla Gomes Licenciada em teatro pelo Instituto Federal do Ceará.

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