AÇÃO
Acontece a primeira aula com o diretor. Ele propõe um
exercício e escolhe uma das alunas. Ela
fica nervosa e seus amigos riem, achando-a engraçada. O diretor não gosta ao ver a atitude dos
demais, e traz a primeira lição desta aula: aprender quando se deve rir e do
que.
Fizeram um exercício onde um por vez senta em
uma cadeira no palco. O objetivo deste exercício era fazer com que cada um
sentasse com um proposito especifico e não “sentar por sentar”, ou querer ficar
visível para o publico. Entretanto todos os atores não estavam sentando com um
proposito. Tortsov foi sentar-se na cadeira naturalmente como forma de
demonstração de como deveria ser feito o exercício, e isto despertou interesse
nos alunos em saber no que o diretor estaria pensando naquele exato momento em
que estava sentado.
O diretor segue comentando sobre a
auto-exibição de alguns atores e que isto afasta os artistas dos domínios da
arte viva. O diretor havia falado que em cena sempre tem que pôr alguma coisa
em ação. “A ação, o movimento, é a base da arte que o ator persegue”. Explica
que a ação na qual se refere seria não só exterior, mas interior também. O ator
não precisa estar se movimentando para estar em plena atividade, muitas vezes a
imobilidade exterior é resultado direto da intensidade interior. A atividade intima é o mais importante para
os artistas. “A essência da arte não está nas suas formas exteriores, mas no
seu conteúdo espiritual”.
Houve outro exercício proposto pelo diretor.
Deu um estimulo por meio de uma breve história que tinha sentimentos e ação
pré-determinados. Maria tinha que procurar um broche do qual dependia sua
permanência na escola de teatro. Ele estava espetado numa das dobras da cortina
do palco. Ela deveria procurar aquilo como sua salvação. Maria quis representar
a procura do broche. Mostrou através de vários artifícios que estava nervosa.
No final ela acaba esquecendo-se de pegar o broche, então o diretor lembrou-a
de que só poderia continuar na escola se encontrasse o broche. Assim Maria
entendeu que deveria procurar mesmo, então ficou sinceramente aflita, e isto
resultou no verdadeiro naturalismo.
A conclusão deste capitulo é que quando
estamos em cena, precisamos de um elemento básico e de extrema importância: a
ação. Esta vem sempre procedida de um objetivo e para ativar nossa imaginação
utilizamos o poder do “se”. O “se” age como ponto de partida e o
desenvolvimento da cena envolve uma série de circunstancias dada, como todo um
espaço físico criado ao redor do ator. Tendo essas bases a emoção verdadeira
vem á tona espontaneamente.
Marla Gomes Licenciada em teatro pelo Instituto Federal do Ceará.
Marla Gomes Licenciada em teatro pelo Instituto Federal do Ceará.
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