IMAGINAÇÃO
O diretor atenta aos
atores sobre a importância do uso do “se”
como um artificio para a imaginação. Para fazer da peça uma realidade
teatral o ator deve aplicar sua técnica, neste processo o maior papel cabe à
imaginação. O diretor mostra quadros pintados onde o pintor modificava o
arranjo da natureza e a vida dos seres humanos. Nos seus quadros construía e
derrubava casas e aldeias, mudava o aspecto local e movia montanhas.
Explica
que para criar o pintor precisa de imaginação e fantasia. Mas qual é a
diferença entre as duas? O diretor explica que a imaginação cria coisas
que podem existir ou acontecer, a fantasia inventa
coisas que não existem, nunca existiram nem existirão. Tanto a fantasia,
quanto a imaginação são indispensáveis para o pintor.
Para
o ator não é diferente. No processo de criação a imaginação é que o conduz, e a
fantasia também é necessário para alguns tipos de personagens, cenários etc.
Quando o ator carece de imaginação, o que fazer? Segundo Tortsov, neste caso tem
que desenvolvê-la, ou desistir do teatro.
Afirma
que toda criação da imaginação do ator deve ser minunciosamente trabalhada e
solidamente erguida sobre uma base de fatos. Deve estar apto para responder a
todas as perguntas (quando, onde, por que e como) que ele fizer a si mesmo enquanto
provoca suas possibilidades inventivas a produzir uma visão cada vez mais
definida, de uma existência de “faz de conta”.
Algumas vezes o ator não terá de
desenvolver todo esse esforço consciente, intelectual. Sua imaginação pode
trabalhar intuitivamente. Mas não se pode contar com isso. Imaginar em geral,
sem um tema bem definido e rigorosamente fundamentado, é trabalho improdutivo. É de extrema importância que o ator utilize a imaginação para não ocorrer uma atuação mecânica e falsa. Stanislavski diz:
“Se pronunciarem alguma fala
ou fizerem alguma coisa mecanicamente, sem compreender plenamente quem são, de
onde vieram, por quê, o que querem, para onde vão e que farão quando chegarem
lá, estarão representando sem imaginação. Esse período quer seja curto, quer
longo, será irreal, e vocês não passarão de autômatos, de máquinas ás quais se
deu corda. (2012,
p.103).
O
capitulo IV do livro é concluído após todo um discurso. O diretor enuncia que o
ator deve obedecer à regra (feita na citação acima) rigorosamente em todos os
exercícios que fizer, para assim, desenvolver a imaginação, e além disso, a
imaginação ganhara força.
Marla Gomes Licenciada em teatro pelo Instituto Federal do Ceará.
Marla Gomes Licenciada em teatro pelo Instituto Federal do Ceará.
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