terça-feira, 12 de maio de 2015

RESUMO DO CAPITULO IV DO LIVRO: A PREPARAÇÃO DO ATOR DE CONSTANTIN STANISLAVSKI.



IMAGINAÇÃO
           
            O diretor atenta aos atores sobre a importância do uso do “se” como um artificio para a imaginação. Para fazer da peça uma realidade teatral o ator deve aplicar sua técnica, neste processo o maior papel cabe à imaginação. O diretor mostra quadros pintados onde o pintor modificava o arranjo da natureza e a vida dos seres humanos. Nos seus quadros construía e derrubava casas e aldeias, mudava o aspecto local e movia montanhas.
Explica que para criar o pintor precisa de imaginação e fantasia. Mas qual é a diferença entre as duas? O diretor explica que a imaginação cria coisas que podem existir ou acontecer, a fantasia inventa coisas que não existem, nunca existiram nem existirão. Tanto a fantasia, quanto a imaginação são indispensáveis para o pintor.
Para o ator não é diferente. No processo de criação a imaginação é que o conduz, e a fantasia também é necessário para alguns tipos de personagens, cenários etc. Quando o ator carece de imaginação, o que fazer? Segundo Tortsov, neste caso tem que desenvolvê-la, ou desistir do teatro.
Afirma que toda criação da imaginação do ator deve ser minunciosamente trabalhada e solidamente erguida sobre uma base de fatos. Deve estar apto para responder a todas as perguntas (quando, onde, por que e como) que ele fizer a si mesmo enquanto provoca suas possibilidades inventivas a produzir uma visão cada vez mais definida, de uma existência de “faz de conta”.
Algumas vezes o ator não terá de desenvolver todo esse esforço consciente, intelectual. Sua imaginação pode trabalhar intuitivamente. Mas não se pode contar com isso. Imaginar em geral, sem um tema bem definido e rigorosamente fundamentado, é trabalho improdutivo. É de extrema importância que o ator utilize a imaginação para não ocorrer uma atuação mecânica e falsa. Stanislavski diz:

“Se pronunciarem alguma fala ou fizerem alguma coisa mecanicamente, sem compreender plenamente quem são, de onde vieram, por quê, o que querem, para onde vão e que farão quando chegarem lá, estarão representando sem imaginação. Esse período quer seja curto, quer longo, será irreal, e vocês não passarão de autômatos, de máquinas ás quais se deu corda. (2012, p.103).



O capitulo IV do livro é concluído após todo um discurso. O diretor enuncia que o ator      deve obedecer à regra (feita na citação acima) rigorosamente em todos os exercícios que        fizer, para assim, desenvolver a imaginação, e além disso, a imaginação ganhara força. 

Marla Gomes Licenciada em teatro pelo Instituto Federal do Ceará.

Nenhum comentário:

Postar um comentário