domingo, 3 de maio de 2015

Resumo do capitulo II do livro: A preparação do ator de Constantin Stanislavski.


CAPITULO: “QUANDO ATUAR É UMA ARTE”
            Após a primeira prova, todos os alunos foram convocados para ouvir as criticas do diretor em relação ao desempenho de todos. Kóstia havia sido elogiado pela sua representação quando disse: “sangue, Iago, sangue”! Este momento foi pertencente á arte de viver um papel, porém, o restante de sua cena ficou vago sem vida, apenas esperando a inspiração surgir.
            No momento onde tinha obtido um bom resultado em sua cena, kóstia, atuava inconsciente e intuitivo, porém, o intuitivo e inconsciente pode ser bom quando a intuição o leva pela estrada certa, e má quando ela se engana. É bom quando o ator subconsciente e intuitivamente se deixar levar pela peça. Ele vive o papel, independente de sua vontade própria, sem notar como se sente, sem se dar conta do que faz e tudo se encaminha por conta própria. O subconsciente é inacessível ao nosso consciente. Espera-se que se crie por inspiração. Só o subconsciente nos dá inspiração, porém, só podemos usá-los pelo consciente que o mata.
            A solução para maiores possibilidades de fluxos de inspiração encontra-se em um processo indireto. Criar conscientemente e certo é o melhor meio de se abrir caminho para o florescimento do inconsciente, que é a inspiração. Quanto mais se cria conscientemente, maiores são as possibilidades de inspiração. “Pode-se representar bem e pode-se representar mal. O importante é representar verdadeiramente”. A verdade cênica é de extrema importância. “Representar verdadeiramente significa estar certo, ser lógico, coerente, pensar, lutar, sentir e agir em uníssono com o papel.” Adaptar esses processos internos á vida espiritual e física da pessoa que seria representada é viver o papel. Viver o papel é de máxima importância para o trabalho criador.
            O diretor comenta com seus alunos sobre alguns tipos de atuação que não se valem do trabalho criador. Na atuação forçada os atores geralmente não conseguem manter a energia durante todo o espetáculo, pois, faltam reservas físicas, nervosas e emocionais. Valem-se dos momentos de inspiração, mas se ela não vem à atuação torna-se sem vida e com exagero. Na arte da representação o ator vive o papel como preparativo de uma forma exterior, apenas. Segundo Tórtsov, em nossa arte é preciso viver o papel a cada instante que o representamos e em todas às vezes. Neste momento Paulo menciona que usou o espelho, com o objetivo de verificar se os seus sentimentos estavam se refletindo exteriormente. O diretor fala do cuidado que se deve ter, pois, o espelho ensina o ator a ver antes o exterior do que o interior da alma e do papel.
            É de extrema importância saber o que está sentindo em cena. O Diretor fala sobre atuação mecânica: apresentar o papel por meio de ilustrações convencionais. Inicia onde a arte criadora acaba. Na atuação mecânica não há lugar para o processo vivo, suas origens e processos são chamados de “carimbos”. Eles representam toda a espécie de sentimentos por meio de recursos exteriores. São os “Clichês” estabelecidos. Existem diversos métodos mecânicos que podem ser facilmente adquiridos por meio de exercícios constantes.
            O diretor faz uma critica a uma aluna chamada Sônia, que estava usando a arte como forma de exibicionismo. Fala sobre o artista que utiliza a arte como ferramenta para alcançar popularidade ou sucesso exterior, ou para fazer carreira. “você tem de decidir de uma vez por todas: veio aqui para servir á arte e fazer sacrifícios por ela ou para explorar seus próprios fins pessoais?”

            Após ouvir as explicações e criticas de Tortsov, Kóstia diz que a prova que fizera foi prejudicial. Tortsov protesta, pois, só havia falado o que não devem fazer em cena. Após a discussão o diretor anuncia que iriam dar inicio a atividades regulares para o desenvolvimento da voz e do corpo. “Essas aulas serão diárias Porque o desenvolvimento dos músculos do corpo humano requer exercício sistemático e cabal e muito tempo.”

Licenciada em teatro pelo Instituto Federal do Ceará
Email: marlynha96@gmail.com

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